domingo, 17 de julho de 2016

2015 - Parte II - Desorientada

Em junho comecei a quimioterapia. Meu médico não me deu orientação nenhuma, só disse que aquele cabelo cheio que eu tinha ia cair todo. Mas aí eu já estava zen novamente. A nova médica já tinha me aceitado como paciente e já havia me orientado sobre como fazer a transição de clínica.

A única orientação que eu tive, meio mal dada por sinal, foi da enfermeira no primeiro dia. Só lembro que ela disse que eu não podia ter febre acima de 37,8 de jeito nenhum, que se isso acontecesse eu tinha que falar com meu médico urgente. Daí eu falei, “mas se eu não conseguir falar com ele?”, e ela, “vai conseguir sim, de qualquer maneira, não tem outro jeito”. Daí eu pensei, me fodi, porque o arrogante imaturo com síndrome do pau pequeno do corno do médico só atende quando quer, ou melhor, quando acha que é importante, pra ele. E olha que ele não era médico de plano não, era pago, e bem pago. Nesse meio tempo que eu ainda não havia trocado de médico cheguei a ter umas febrezinhas, desmaiei umas vezes, passei mal, mas ele não atendeu aos telefonemas e eu estava calma. As febres não passaram de 37,8.


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