sábado, 27 de agosto de 2016

Pato Rouco ou... O Lado Cheio do Copo


Às vezes é melhor ser otimista do que tentar aproximar a realidade do pessimismo. No tal ditado do copo metade cheio e metade vazio, convém sempre tentar ver o seu copo cheio.

Lembro de um amigo que foi diagnosticado com câncer de garganta há uns 20 anos. O médico lhe deu seis meses de vida. Hoje em dia os médicos não fazem mais isso... é muita responsabilidade. Mas o pato rouco acreditou, separou-se da mulher, pediu demissão do trabalho e fez uma programação de gastos para os seis meses seguintes. Ah, ele também resolveu começar a malhar, não sei por quê. Deu seis meses, o dinheiro acabou e nada de morrer... deu sete meses... nada... oito meses.... exame e nada do tumor.

Foi aí que meu pai se sensibilizou e resolveu ajudar o pobre pato rouco, que, pelo jeito, não ia partir dessa para uma melhor tão cedo. Emprestou dinheiro para ele e conseguiu recuperar o seu emprego. Só não conseguiu recuperar a ex-mulher, porque aí já era demais.

Até hoje o pato rouco é muito grato a meu pai. Tanto que, quando meu pai foi internado no hospital por causa do câncer de próstata, quem ficou lá não foi nenhum dos três filhos não. Foi o pato rouco.

Outro conhecido, na época com 18 anos, foi diagnosticado com leucemia. O médico, além de dar uns poucos meses de vida, o alertou de que ele não poderia ter filhos por causa da doença, ou pelo tratamento. O que ele fez? Gastou todo o dinheiro que podia e não podia, saiu transando com todas sem camisinha e ainda jogava aquele caô de que estava à beira da morte com um câncer intratável. Resultado: três filhos e três pensões para pagar.

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